(vou seguir o concelho de alguém que me é chegado e vou, por uma vez, deixar de escrever sobre o passado.)

olha para mim, olha para ti, olha para nós, olha para os outros, olha á tua volta, olha para a vida, olha para as coisas, olha-te ao espelho. vês tudo aquilo que sempre sonhas-te e como sonhas-te? eu não. não da maneira que sempre quis, na sua perfeição. olho-me ao espelho e não sou como gostava, mas gosto do que sou. orgulho-me das minhas atitudes, mesmo que por vezes não sejam as melhores, mas se as tenho é apenas porque quero. não faz sentido sentir arrependimento das nossas acções. se o fizemos por algum motivo foi e foi porque quisemos e não por obrigação. nem sempre é assim. olho para a vida e continua a não ser como gostava, mas continuo a gostar do que vejo. olho para as coisas e, apesar de também não serem como gostava, continuo a gostar do que vejo. e agora olho para nós (todos, como seres humanos) e vejo muito do que nunca pensei ver, vejo aquilo que não queria e sinto falta de ver o que desejava. vejo falsidade, arrogância, desigualdade, injustiça(...) vejo o mundo numa guerra constante por tudo e por nada. por dinheiro, por um bocado de pão, até mesmo por amor. não lembro nunca de ter visto a perfeição uma vez que fosse. mas ainda assim, eu continuo a gostar do que vejo.
e pensem sempre: por mais chuva que caía, por mais cinzento que o vosso dia seja, ele existe e por algum motivo é um dia bonito (: