dezembro 23, 2010

a carta ao pai natal

a marta(sister) perguntou-me: "mana, já escreves-te a carta ao pai natal? eu já escrevi a minha e a mãe vai levá-la amanha para os correios, se quiseres ela também leva a tua". e aqui lembrei-me de quando tinha a idade dela. como era bom acreditar em todos os sonhos, sentir felicidade em ir a um centro comercial porque o pai natal ia lá estar para poder-mos tirar uma fotografia. aos sete anos de idade, qual é o ser que tem noção da crueldade do mundo? eu não tinha e aí eu sabia ser feliz. confesso, as minhas cartas ao pai natal sempre foram muito extensas e pelos vistos a minha irmã segue as minhas passadas. é bom chegar a esta altura e ver as crianças com os olhos esbugalhados quando recebem as revistas de brinquedos e dizer: "quero isto, isto, isto, isto e isto!". tenho saudades. saudades até de acreditar que os monstros invadiam a terra, como nos meus pesadelos. o único pesadelo que existe agora é a própria realidade. basta ligar a tv por alguns minutos para perceber o estado em que este mundo está. e aí penso "deixei de ser criança, inocente. agora sou consciente e percebo que, não da mesma maneira, continuo feliz. e a única coisa que peço ai pai natal, já nem é a paz no mundo, nem que a pobreza acabe. peço apenas que lutem por tudo aquilo em que acreditam, porque afinal a nossa felicidade depende um bocado dos sonhos, por muito que não passem disso. mais vale morrer a tentar do que viver no arrependimento de não ter tentado. desejo a todos um óptimo natal junto dos que amam, e até para o ano :)

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