achei piada á música, adaptei-a, senti-a e inspirei-me.

fiz da música a minha vida, com duas personagens, uma história e um sentimento.

vi um fruto crescer, muito lentamente a desembruxar de uma pequena flor branca com um cheiro suave.

a música fluía e eu sentia-me uma princesa, no meu reino encantado á espera de um principe que me protegesse de todos os perigos. sonhava contigo todas as noites, mesmo nao sabendo quem eras nem tão pouco se existias, mas eu sonhava e algo em mim fazia com que o sonho parecesse real, algo encadescia a pequenina luz que me guiava a ti.  nao via a cor dos teus olhos, nao sentia o teu cheiro, nao tocava as tuas mãos, mas sentia a tua presença. queria ocupar o meu tempo e deixar os sonhos para quando estivesse a dormir, mas não me controlei, deixei que de mim se apoderasse um sonho que interfere na minha realidade e não me deixa ver as coisas tal como elas são. na minha história não imagino um "viveram felizes para sempre", não imagino que subas á alta torre e me leves contigo num cavalo branco, não me imagino a perder o sapato que te leva a procurar-me. quero bons momentos (de volta), bocadinhos que me completam, sorrisos trocados por magia, olhares radiantes por felicidade. o fruto cresceu tanto que o ramo onde era suportado acabou por quebrar. caíu, ali ficou e está a com a casca cada vez mais fraca, mas é superficial, porque dentro existe uma semente capaz de um dia vir a ser uma forte árvore carregada de fruto. é um ciclo, com uma sequência que pode ou não ser quebrada.
estou a escrever para ti, mas escrevo para tu não leres! tentei, mas agora não sei o que vai acontecer ao "fruto", que nesta história não passou ainda de uma metáfora.
antes que o fruto volte a cair, colhe-o.